HABITAÇÃO PARA JOVENS

xx DISCIPLINA: PROJECTO V E VI

xx ANO LECTIVO: 2006/2007

xx DOCENTE: ARQ. ANTÓNIO CARVALHO

xx OBJECTIVO: URBANIZAR PARCELA DE TERRENO

XXXXXXXXXXX ORGANIZAR QUARTEIRÃO COM HABITAÇÃO PARA JOVENS E IDOSOS

XXXXXXXXXXX DESENVOLVER PARTE DO EDIFICADO

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xx O terreno fornecido localiza-se a Este de Viseu, fica próximo do centro e está exposto a Sul através de leve inclinação. O programa a implantar incluía habitação, comércio, serviços, zona verde e zona para, na fase seguinte, implantar um equipamento, uma Casa do Silêncio. Tinha que ser respeitada a legislação aplicável, nomeadamente no que concerne a áreas.

xx Procurei organizar o programa de modo a conseguir quarteirões de dimensões adquadas e que, no miolo de todos eles, existisse uma estrutura verde secundária. Localizei a estrutura verde principal na proximidade de via de tráfego intenso de modo a servir de barreira visual e acústica. Os quarteirões envolvem esta estrutura e, mais a Norte, na zona mais protegida e arborizada do terreno, localizei o equipamento.
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xx A fase seguinte consistia em trabalhar um dos quarteirões propostos. Escolhi um dos quarteirões centrais, próximos da estrutura verde principal. A intenção principal na sua concepção foi a de que jovens e idosos não deveriam estar demasiadamente separados, o que criaria segregação, mas também não deveriam viver no mesmo edifício, dado que possuem estilos de vida e horários completamente diferentes. Nesse sentido, coloquei jovens e idosos no mesmo quarteirão mas em edifícios separados. Os edifícios dos jovens ficam mais expostos ao ruído das ruas e os dos idosos abrigados na zona central. Todos eles têm orientação Nascente - Poente. Como acima referi, no miolo do quarteirão localizei uma estrutura verde secundária onde os habitantes pudessem "recarregar baterias", onde pudessem cultivar a convivência, a amizade, a intimidade e o desenvolvimento emocional. De modo a vencer o desnível do terreno, uma diferença de 3M entre a parte mais alta e a mais baixa, dividi o espaço em três socalcos, um à cota mais alta, outro à cota mais baixa e um intermédio. Os edifícios dos jovens são igualmente seccionados, criando 3 volumes de dimensões semelhantes e independentes entre si.
xx Quanto à habitação a que esta memória se refere, dado que se destinava a jovens, procurei que a imagem exterior fosse moderna. Nesse sentido, rasguei grandes vãos na fachada, usei grandes envidraçados, para principal material de construção escolhi o betão, betonado in situ e com prévio estudo da estereotomia das cofragens, e para as caixilharias o aço lacado a preto. XX O acesso ao interior, ao nível do R/Chão, é feito por um grande átrio central que vasa o edifício e permite uma maior circulação, bem como interessantes eixos visuais. Procurei que também os halls de distribuição para os apartamentos tivessem alguma dignidade pelo que, nesse sentido, fiz uso de algumas simetrias e razoáveis dimensionamentos. XX O interior dos apartamentos foi onde mais tentei aprofundar o tema da habitação para jovens. Depois de alguma reflexão, decidi explorar a "promiscuidade" entre sala e cozinha através da fusão destes dois espaços. Tentei, também, dar maior ênfase ao acto de cozinhar colocando o fogão e outros aparelhos em lugar de destaque. No entanto, dado que cozinhar e comer provocam muita desarrumação, coloquei a zona de lavagem em sítio mais resguardado. XX Ainda no apartamento, outro acto que tentei exaltar foi o da higiene pessoal. Assim, no T0 e no T1, dado que se destinam a uma ou duas pessoas no máximo, este espaço funde-se com o da sala e cozinha criando assim um espaço em que tudo acontece. No T2 e T3, dado que este acto carece de maior intimidade mas de igual nobreza, todos os quartos estão providos de banheira ou chuveiro e bacia. O T1 e o T3 possuem ainda uma banheira de grande dimensão, colocada em consola em relação à fachada, e com uma grande janela virada para a estrutura verde principal. XX A cobertura do edifício é visitável, funciona como solário e possui uma piscina que ocupa o espaço do T0 no terceiro piso. A janela do T0 mantém-se, fica submersa e permite que quem olha para a fachada Nascente veja a água, bem como quem naquele momento estiver a nadar, dando assim um aspecto interessante à fachada.